Com o avanço do coronavírus no Espírito Santo, cresce a preocupação com o número de leitos de UTI disponíveis para o atendimento dos pacientes. Em 24 horas, 358 pessoas foram diagnosticados com a doença, no total já são mais de 10 mil pacientes em todo o Estado que tiveram contato com o novo vírus. Outras 465 pessoas morreram.
A taxa de ocupação de leitos no Estado é de 77,5%. De acordo com Vitor Rasseli Dalla Bernadina, médico intensivista, que trabalha num hospital público de referência no atendimento à doença, apesar de não representar um colapso, o número é um alerta.
“Isso se reflete dentro do ambiente hospitalar. Nós vemos cada vez menos leitos disponíveis, com uma taxa de ocupação de UTI aumentada e isso acaba refletindo na nossa assistência”, disse.
O médico também ressalta que a rotatividade nas unidades de UTI não são altas, o paciente demora um certo tempo para se recuperar.
“A média que nós temos visto de internação nas unidades de terapia intensiva, tem variado por volta de 10 a 14 dias. A gente entende que é um paciente crítico, que demanda um cuidado importante e demanda tempo, então não temos uma rotatividade muito alta. É um paciente que demanda um tempo para melhorar. O que esse paciente mais precisa é da assistência ventilatória mecânica, que se dá por meio dos ventiladores, que é o que o Estado tem adquirido nos últimos dias”, afirmou Vitor.
Em algumas regiões do Estado, os números preocupam. No Norte do Estado, por exemplo, a taxa de ocupação dos leitos de UTI é de 60,9%. Na Grande Vitória, o cenário é ainda pior e chega a 86,18%.
Os médicos e especialistas de todo o mundo reforçam que o isolamento social ainda é a melhor forma de diminuir a curva da doença, e pedem para quem pode ficar em casa, que fique, e ajude a o sistema a não colapsar.
* Com informações da repórter Bianca Vailant, da TV Vitória / Record TV